Mais de 30 ucranianos já receberam acolhimento e auxílio do Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia

Além de acolhimento, o grupo humanitário oferece suporte de todos os tipos aos refugiados ucranianos no Brasil

Ao menos 36 ucranianos já foram acolhidos por voluntários do Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia, grupo de ajuda humanitária composto por diversas entidades representativas de descendentes de ucranianos no Brasil desde o início dos conflitos no país europeu, em fevereiro.

Entre os que desembarcaram no Brasil buscando fugir dos ataques de Vladimir Putin, estão um bebê de oito meses, uma mulher grávida, jovens e pessoas de até 65 anos. A maior parte são mulheres e crianças, já que a maioria dos homens não pode deixar a Ucrânia por conta das obrigações militares.

Sete dos acolhidos já estão com passagem para retornar à Europa, por decisão própria. Eles serão encaminhados a países vizinhos à Ucrânia para se manterem próximos aos seus familiares.

Os refugiados foram distribuídos pelo Humanitas entre acolhedores localizados em seis cidades brasileiras: Apucarana, São José dos Pinhais e Curitiba, no Paraná; Itapecerica da Serra e Santos, em São Paulo; e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Porém, seis

As identidades dos ucranianos são preservadas para evitar perseguições de qualquer viés, o que é comum em uma situação de guerra.

A decisão dos refugiados por desembarcar no Brasil é desafiadora, pois o idioma, a distância, o custo da passagem e a adaptação a uma cultura tão diferente requer grande esforço de todos os envolvidos.

Alguns com maiores condições financeiras de se manterem vieram de forma independente, vislumbrando ascensão profissional. Outros, escolheram o Brasil por conta do suporte oferecido por amigos e familiares que já viviam por aqui.

Além de acolhimento, o Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia oferece suporte básico aos ucranianos no Brasil, como instrução e acompanhamento junto ao Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (CEIM), Polícia Federal (PF), e unidades de saúde para providenciar documentos, como CPF, Registro Nacional Migratório (RNM) e carteira do SUS.

Também há orientações e encaminhamento para cursos de português, indicação de serviços úteis na proximidade do seu endereço, atendimento psicológico, psiquiátrico e de outras especialidades médicas, além de orientação para colocação profissional, plataformas de currículos e ofertas de emprego.

Em Curitiba, há imigrantes que estão em contato direto com membros da coordenação do Comitê. Alguns deles estão traumatizados, muito sensíveis emocionalmente, com sinais de dor e tristeza indescritíveis, mas seguem mantendo esperança e resiliência admiráveis. Em geral, são muito reservados para falar da sua história e dos momentos que viveram no país de origem, principalmente de fuga, entre sirenes, invasão do inimigo e bombardeios.