Cientistas Ucranianos devem ser acolhidos no Paraná a partir de maio

Programa de acolhimento de universidades paranaenses recebeu 17 inscrições; pesquisadores receberão ajuda do Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia

Ao menos 17 cientistas ucranianos se inscreveram para o programa de acolhimento de universidades paranaenses e devem desembarcar em várias cidades do Paraná a partir de maio.

Os pesquisadores – alguns acompanhados de dependentes – serão recebidos no país pela Fundação Araucária / Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e receberão apoio do Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia, grupo de ajuda humanitária composto por diversas entidades logo no início dos conflitos no leste europeu, em fevereiro.

Voluntários cadastrados pelo grupo oferecerão hospedagem temporária aos cientistas até que eles tenham condições de alugar moradia nas cidades em que residirão no Paraná.

Os pesquisadores apresentaram projetos nas mais diferentes áreas, como filosofia, direito, física, engenharia, psicologia, biologia e turismo. Oito estudos foram inscritos até março e serão direcionados a diferentes universidades, entre elas a UFPR, PUCPR, UEL e UEM. O desembarque desses cientistas está previsto para meados de maio.

Já em abril, foram mais nove inscritos, também divididos entre várias instituições, incluindo UNIOESTE e UNICENTRO. A recepção deste grupo no Brasil deve ocorrer até junho.

O programa
Com o apoio do Humanistas Brasil-Ucrânia, o governo do Paraná criou o programa de acolhida a cientistas ucranianas. O objetivo é abrir espaço para recrutar cientistas de universidades do país europeu e trazê-los para instituições sediadas no Paraná, além de manter em alta o papel da ciência e da inovação mesmo em tempos de guerra.

Em um primeiro momento, a acolhida terá duração de até dois anos. O estado espera receber até 50 pesquisadores que possuam titulação de Doutorado e que estejam ou estavam atuando nas universidades sediadas na Ucrânia para o desenvolvimento de projetos de pesquisa.

Segundo a Fundação Araucária e a SETI, responsáveis pelo programa, a acolhida terá fluxo contínuo. De início, o programa atenderia apenas mulheres, já que os homens estão proibidos de deixar o país. Mas, o projeto acabou estendido também a quem recebeu autorização do exército ou está fora da faixa etária para servir às tropas..

Outros interessados deverão encaminhar suas propostas em até duas laudas, em ucraniano, português ou inglês, contendo a sua intenção de projeto, explicitando a área, metas e objetivos. Também deverão encaminhar um vídeo de até três minutos explicitando o que gostariam de desenvolver.

Os pesquisadores receberão uma bolsa com valor variável que pode chegar até R$ 10 mil, além de passagens aéreas e complementos em caso de possuírem dependentes. Também serão oferecidos cursos de português.

A seleção é realizada por representantes indicados pelas universidades paranaenses aptas a receber os cientistas. O formulário de inscrições pode ser acessado por meio do site da Fundação Araucária. Mais informações em: internacionalizacao@fundacaoaraucaria.org.br.

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